sábado, 10 de agosto de 2013

Histórias sobre a democracia

O ano era 1893 na França.
Emile continua a estudar economia e sociologia além da politica da época.
O evento: as eleições do ano de 1893.

Emile, conta que nesse ano foi convocada uma eleição geral de público claramente selecionado. O ambiente na época era fruto de uma ingênua soberania popular e, nostalgia pela quase efetiva participação pública: O amor rolava solto. Os figurinos franceses mais do que nunca explodiam de alegria e cores cada vez mais vivas. Apesar de a França ter tido um rei autointitulado, Sol, ela estava mais cristã do que nunca.
A França vestia democracia com o sistema político parlamentarista, sistema esse que era o mais seguro e menos conflituoso, (na época), adotado em muitos países desse velho continente, que respirava ofegante por causa do poder das monarquias em sua maioria absolutistas e sobrevivia com muita ostentação além das muitas demonstrações de força e ódio dos exércitos, tudo graças ao comercio das metrópoles que eram abastecidas pelas exploradas colônias americanas e africanas.
Em 1893 mulheres não passavam de objetos e animais sem a mínima consciência social, sua importância era fadada ao procriar e cuidar da casa e filhos. O homem era o único “ser livre socialmente”, o único capaz a ser igual a outro homem perante a lei dos homens e de Deus. A mulher, restrita pela sua sexualidade e fragilidade, era desde cedo coagida a ser a mulher frágil e objeto que tanto os homens precisavam. Seu papel na política francesa daquela época era improvável e inexistente. Mulher votando era um absurdo, pois elas não tinham racionalidade e discernimento suficiente para decidir ou fazer parte da vida política da época. Crianças e idosos naquele tempo como era de se esperar não podiam votar assim como as mulheres.
Naquele ano movimentado foram convocadas eleições parlamentares. Na França daquele período havia cerca de 32 milhões de habitantes, segundo Emile; Salvo as crianças os idosos e mulheres, entre outros impossibilitados de votar, apenas homens podiam votar naquelas eleições, isso limitava o numero de votantes em cerca de 10 milhões: Mas no dia de votar compareceram as zonas eleitorais pouco mais de 7 milhões de eleitores. De acordo Emile, o grupo que ganhou as eleições parlamentares daquele ano, contavam com pouco mais de 4 milhões de votos ao seu favor; Para grupo de parlamentares que perdera as eleições sobrava o consolo dos mais de 5 milhões de votos que não foi para os que efetivamente agora gozavam dos louros da vitória.
Ora! A democracia não é o sistema onde a soberania é popular? Porque então a voz da grande maioria, no caso que Emile nos contou, não prevaleceu?
Conclusão: Me diga você que leu, eu anida não sei a resposta...



Autor: Jp.Neto