Todo relacionamento começa baseando suas expectativas no amor na cumplicidade, na fidelidade, igualdade e na semelhança entre os objetivos pessoais, objetivos esses que para um relacionamento entre duas pessoas perdurar, devem ser partilhados, ou seja, um, deve ajudar o outro a alcançar seus objetivos e assim vice-versa. É logico que os objetivos não precisam ser parecidos, pois viver e conviver em um relacionamento é algo tão complexo, que requer uma profunda dissemelhança entre os indivíduos, pois com exceção dos egocêntricos, que adoram a si mesmos, ninguém quer viver com alguém tão igual a ponto de quando olhar na cara da outra pessoa reconhecer-se a si mesmo, como em um espelho.
Concordar vem do Latim CONCORDIA, “concórdia”, literalmente “corações juntos”, formada por COM-, “junto”, mais COR, “coração” é do sentido que a palavra tem em sua etimologia literal, que a maioria dos casais estão atrás desesperadamente. Concordar um com o outro é muito difícil, quanto mais evolui a sociedade quanto mais certas culturas se perdem: por exemplo, o do conchavo entre pais para decidirem com quem os filhos vão se casar. Isso se perdeu e, por consequência as relações feitas hoje, na democracia, dependem muito de muitos fatores, todos absolutamente incontroláveis e imprevisíveis que não tem em seu roteiro, a mínima previsão de conhecimento, de esclarecimento entre os indivíduos, de verdade pura e simples. Vivemos em uma democracia então devemos ser democráticos em todos os níveis. Porém não se pode negar que esses princípios ultrapassados como o “casamento arranjado” dava ao homem ou a mulher um conhecimento mais profundo um do outro, se sabia dados como quem era a sua família (candidato ou candidata), suas possibilidades, o histórico familiar entre outras informações que contribuíam para a união do casal e para que o amor fosse, construído, ao decorrer da convivência.
Hoje os casais se unem por amor e paixão, mas esses mesmos casais, se desfazem por ódio, traição, ambição, incompatibilidade, constatação da real personalidade de uma das partes, costumes e manias entre outras tantas justificativas. Todas elas são fruto das, não, analise avaliações de consequências ou possibilidades de dar certo, pensar no futuro, analisar os prós e contras.
Muitos dizem que: “Devemos viver o hoje, como se não houvesse o amanhã”, ou “ o amanhã a Deus pertence”. Porém essas pessoas deveriam saber, que essas frases são de origem romana, elas surgiram em um contexto de decadência, decadência do maior império ocidental da história. Será que seria ser moralista ou ético demais pregar uma maior racionalidade em relacionamentos para que assim eles tivessem um prazo de validade maior?
Autor: Jp.Neto
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