sexta-feira, 3 de julho de 2015

Redução da Maioridade Penal!?






Estamos atacando o problema mas esquecemos da solução.

Caros parlamentares, eu não concordo. Imagina um adolescente de 16 anos numa cela de uma prisão. As prisões brasileiras estão em péssimo estado de conservação, além de que elas não cumprem o papel de ressocializar aquele que cometeu uma infração qualquer e foi parar lá. As nossas prisões virarão um depósito de sujeitos que infringiram as leis, e que fizeram isso muito por culpa da própria sociedade. É na adolescência que o sujeito recebe a maioria das influencias suficientes para formar seu caráter (é a fase onde lele vira gente), agora, imagine esse sujeito em formação dentro das nossas precárias prisões. Nós já punimos os menores infratores, colocamos eles na Fundação Casa quando cometem algum crime. O debate Não deveria ser a redução da maioridade, mas a estruturação de nossas cadeias para ressocializar os sujeitos que entram e saem de lá. O que deveríamos estar discutindo é como o Estado pode melhorar a vida em sociedade, a ponto de estar presente até nas zonas periféricas. Deveríamos ter aprovado maiores salários para professores. Deveríamos ter aprovado o imposto sobre grandes fortunas. Deveríamos ter aprovado mais programas para melhorar a distribuição de renda e leis que diminuem as desigualdades sociais e politicas. Não a redução da maioridade penal.

Existem comentários de que o deputado que fez essa PEC, foi financiado por empresas ligadas a terceirização das prisões. Isso pouco me importa. Colocar um adolescente em uma cadeia, é crime. Em poucos casos a prisão recupera alguém. Me refiro as nossas prisões em estado precário. Tem gente que entra lá e sai pior de que quando entrou (dependendo da estrutura da prisão podemos chama-las de Universidades ou Faculdades do crime, quanto pior a estrutura é menos ela recupera o cidadão). Geralmente o sujeito sofre tanto com as condições que lhe são proporcionadas na prisão ou passa tanto tempo dentro da cadeia, que acaba saindo convencido de pode ser melhor do que aquele que entrou lá, e por isso sai recuperado. Porém isso também são em outros poucos casos.

Autor: Jp. Neto
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