Diplomacia Brasileira
Ele se diz perseguido, e o Brasil a republica da amnésia, diz que não sabia e não viu, o interessante é a atitude brasileira em demitir o ministro das relações exteriores do Brasil, o ministro Patriota, mas, a queda foi mais uma, dos truques mágicos da politica brasileira. Ministro some aqui e aparece na O.N.U. Agora como diplomata para assuntos internacionais.
O diplomata brasileiro, Eduardo Saboia, diz que só trouxe o “problema Diplomático” pra cá, porque ele pensou mais na condição humana do que na politica e na relação futura entre os dois países. O “problema diplomático”, que deveria essa semana prestar explicações no senado na comissão de relações exteriores, fez como todo bom boliviano faz... Ignorou o compromisso com os brasileiros.
Pensar nas condições humanas nos direitos básicos de um ser humano é algo não só plausível, mais indispensável do ponto de vista diplomático. Mas um detalhe da diplomacia brasileira chama a atenção: Cubanos esportistas que vieram para competir por Cuba nos Jogos Pan-americanos pediram asilo político a esse país dito de todos, mas o governo Lula na época se comoveu tanto com a situação dos cubanos, que os mandaram assim que terminaram os jogos pan-americanos, para a ditadura cubana, lá, foram mais perseguidos ainda, acabaram fugindo novamente daquela ditadura. O problema diplomático brasileiro, o Boliviano senador, diz-se perseguido em seu país.
A Bolívia está à busca de explicações do governo brasileiro sobre a viajem do senador boliviano da embaixada brasileira em La paz até Corumbá no mato grosso (1600 km percorridos). O diplomata brasileiro para negócios na Bolívia, fez do carro da embaixada uma extensão ambulante do território brasileiro com direito a escolta de dois fuzileiros navais. O Senador Jorge Molina, é um foragido condenado da justiça boliviana e estava a mais de 455 dias refugiado na embaixada do Brasil em La Paz, num um espaço que não supera os trinta metros quadrados e esperava uma atitude do governo brasileiro há tempos, para que o governo boliviano desse um salvo conduto diplomático, fazendo assim, ele legalmente poderia sair do país e viver como asilado político no Brasil. Senador Jorge, é um Perseguido politico boliviano por ser da oposição e por ter denunciado esquemas de corrupção no governo de Evo Morales.
Independentemente da condição de ser condenado ou não, ele era perseguido por ser da oposição ao governo Boliviano e ter feito denuncias sobre a administração de Evo Morales. O governo brasileiro tinha responsabilidades a partir do momento em que o Político se refugiou na embaixada Brasileira em La Paz, mas nos omitimos, nesses mais de 400 dias de humilhação de Jorge Pinto Molina e, as consequências foram estas que vemos agora, um truque ilusionista Diplomático corporativista (houve uma clara quebra de hierarquia, dentro do ministério do ministro Antônio Patriota.), um senador boliviano em território tupiniquim e uma possível sansão diplomática da Bolívia em relação ao “brasil”.
Não custa lembrar que o Brasil já doou em refinarias de petróleo a Bolívia mais de 100 Milhões de Dólares. Mas essa doação aconteceu à força, pois nossas refinarias da Petrobras na Bolívia foram tomadas por militares armados bolivianos e, o Brasil se curvou às vontades deles, mesmo tendo direitos e acordos comerciais que deveriam ser considerados. O Brasil que tem tudo para ser um líder da América latina, abertamente preenche os requisitos básicos para mostrar e conduzir os rumos da politica latino-americana, ele se omite, se curva a países claramente mais fracos politica, estratégica, diplomática e militarmente falando.
Esse senador boliviano não tem nada a ver com isso, ele é um perseguido da ditadura disfarçada de democracia de Morales, o Nosso País é um país democrático que sempre acolheu perseguidos de outros países; como o italiano, Chesery Batist, condenado a prisão perpétua por terrorismo, que foi o responsável por chacinas na Itália nos anos 80, entre outros; agora se tem esse boliviano em foco: será que nós nos curvaremos a ditadura de Morales, mandando esse senador pra lá de volta, com uma mão na frente e outra atrás, ou mostraremos o nosso bom senso em acolher um perseguido político (com cara de corrupto) de uma ditadura que já nos causou 100 milhões de prejuízo?
- Vamos esperar essa decisão apreensivos para que o complexo de inferioridade e a falta de sensibilidade politica da classe politica brasileira, não prevaleça. E se as acusações que pesam contra o senador evangélico, forem provadas verdade, é com a justiça boliviana que ele tem que se entender e não com a compaixão seletiva da diplomacia brasileira. Diplomacia, Que age e reage sem critério aparente...
Fonte Secundária: Jornal Folha De São Paulo
Fonte Secundária: Estadão
Autor: Jp Neto